sábado, 28 de novembro de 2009

Neo-hipocrisia

Hoje em um momento repentino de filosofia fútil. Me disponho a pensar sobre as diferentes formas de se expressar nos dias de hoje. Eu mesma, faço-o através das palavras, mas há aqueles que o fazem através da roupas e estilos.
Se tivesse que me definir em alguma coisa seria obviamente na música e na literatura, isso me faz um pouco mais culta, por mais insignificante que pareça, me encontrei fora de futilidades adolescentes de romancezinhos e felicidade ingrata.

Mas voltando ao assunto, são tantas as formas de expressão que chego a ficar confusa, mas não as critico, ao contrário, veja nelas a mais pura liberdade de expressão. Tatuagens, piercings, roupas pretas ou florescentes. É tudo herança de uma vontade que nossos antepassados tinham de ser quem eram e não conseguiam.
Ocupados demais em lutar contra a censura e sua própria independência, esqueceram de ser diferentes, e uniformizaram, todos iguais, as mesmas roupas, mesmas ideias, as mesmas que lutavam por uma bolsa na faculdade e se matavam de estudar hoje são donas de casa, submissas e infelizes numa vida a dois, com três filhos no colo, ou à mão. É esse o retrato da nossa realidade, as vizinhas que perdem momentos preciosos na janela, bisbilhotando a vida alheia e comentando a respeito, foram tanto ou pior que os jovens de hoje que elas tanto falam mal.
Quem disse que na 'época' delas não se bebia vodka com energético, até sem, que elas não se metiam em lugares escuros para fazer só Deus(se é que Ele sabe) o que.
Só que agora é tudo mais escrachado, em músicas, perfis de orkut, frasesinhas no twitter, ou em fotos, ou em vozes, ninguém faz questão de esconder, porque não convém, quanto mais libertário melhor. O que importa não é quem você é, mas o quanto capitalista você se torna.
Quem muito julga ou é porque não tem nada pra fazer ou porque sabe onde vai dar.